O estudo vai olhar novamente para o estado da diversidade, equidade e inclusão na indústria do marketing e da publicidade, bem como para o sentimento de pertença e ausência de discriminação, permitindo, assim, uma monitorização dos dados refletidos na edição inaugural de 2021. Os resultados serão divulgados em junho e devem mostrar as áreas de progresso, e identificar aquelas em que o desempenho possa ter caído.

O Censo de 2023 apresentará um questionário de 15 minutos para os profissionais ligados ao mundo das marcas e da publicidade partilharem as suas experiências no setor e cobrirá 32 mercados. Em Portugal, e à semelhança do que aconteceu na primeira edição, a APAN contará com a colaboração de um conjunto de outras entidades como a APAP, a APAME, a APODEMO, a APPM, a AMD, a APECOM, o IAB, a PPM e a APPF, no sentido de obter uma perspetiva robusta da situação no nosso país.

Recuando a 2021, pode (re)ver os dados globais, neste vídeo da WFA, em que é apresentado o Top 10 das conclusões.

Ao olhar exclusivamente para os dados de Portugal dessa altura, salienta-se a participação de 338 organizações, que permitiram chegar a várias conclusões, entre as quais que existe uma representação de mulheres superior à média nacional, mas em que os homens estão, proporcionalmente, mais representados em cargos de chefia.

Ainda em termos de diversidade, a percentagem de colaboradores com deficiência (4%) estava ligeiramente abaixo das metas governamentais, sendo a maioria das deficiências de ordem psicológica/cognitiva.

No Índice de Inclusão, que compreende três subgrupos – sentido de pertença, ausência de discriminação e presença de comportamento humilhante –, Portugal apresentava uma pontuação de 62%, dois valores abaixo da média global.

Pouco mais de um terço dos inquiridos concordava que a sua empresa estava ativamente a tomar medidas para ser mais diversa e inclusiva, e o número de respondentes que experienciaram discriminação era baixo.

No que concerne aos dados de custo de rotatividade, estes mostram que há algum risco potencial de rotatividade, com 12% dos entrevistados a referirem que provavelmente deixarão a sua organização devido à falta de inclusão e diversidade ou preferindo não responder a essa pergunta.

Ainda na primeira edição, o DEI revelou que 23% das pessoas não acredita que os colaboradores sejam tratados todos de igual forma, independentemente da idade, e uma elevada percentagem de mulheres acredita que a condição familiar pode dificultar a carreira na empresa (45% em comparação com 34% para os homens).

Encontram AQUI as principais conclusões globais de 2021 e AQUI as de Portugal.