
O jovem criativo designer e art director Pedro Almeida, atualmente brand designer do Peter Schmidt Group Lisboa, representou Portugal no programa Creative LIAisons do Festival LIA 2022, um programa global de coaching "one-to-one", que desenvolve, educa, inspira e apoia jovens talentos criativos. Foi assim que teve a oportunidade de reunir com três coaches criativos: Alfred Wee, diretor criativo da McCann Worldgroup Singapore, Merlee Jayme, Chief Creative Officer da Dentsu e Adrian Bosch, managing partner da Airbag Agency.
O Pedro Almeida integrou a dupla vencedora do Brief Aberto CCP 2022 Fidelidade + MOP e foi nomeado pela Direção do Clube para representar Portugal na edição desse ano do programa Creative LIAsons.
Partilhamos o seu testemunho sobre esta experiência:
"A minha experiência como mentorado na LIAsons foi bastante enriquecedora e nutritiva para o desenvolvimento e orientação pessoal e profissional. Tive a oportunidade de trocar e partilhar ideias - não só sobre trabalho - com pessoas de culturas completamente diferentes.
Alfred Wee, diretor criativo da McCann Worldgroup Singapore, Merlee Jayme, Chief Creative Officer da Dentsu e Adrian Bosch, managing partner da Airbag Agency. Todos trouxeram conversas, ideias e pontos de vista muito interessantes sobre o mercado de trabalho, papel das marcas na sociedade e do impacto da publicidade no dia-a-dia das pessoas. Partilhamos da mesma opinião em alguns temas que abordámos, assim como também é saudável partilharmos visões e pensamentos diferentes, essa acredito ser a parte mais interessante e nutritiva de uma conversa.
Ter a validação do nosso trabalho por parte de várias autoridades e nomes da nossa área de trabalho, também nos ensina que estamos no caminho certo, e que também a necessidade de termos essa validação, nunca foi mais do que um desejo de alguém com grande reputação no mercado ver o nosso trabalho, e não para sabermos se o que fizemos - ou fazemos - é bom ou mau, porque à partida, já sabíamos disso, temos é sempre essa curiosidade e necessidade de satisfazer não só o ego, como também a nossa consciência.
Em relação às discussões e avaliações do Juri dos LIA, senti que há sempre espaço para aprendizagem, funciona quase como um workshop ou mini-curso. Quando pensamos que já vimos tudo o que havia para ver ou para ouvir, somos surpreendidos - pela positiva - , porque assim como o humor, a criatividade também não tem limites.
Ainda hoje muitas pessoas ainda se questionam o que é ser criativo. É saber pintar? É ter uma boa ideia para spot rádio? É dar a volta às regras? É o facto de até hoje ter conseguido esconder canabis no quarto e ainda ninguém ter descoberto? É ter a capacidade de perceber um Açoreano? É isso tudo. A criatividade é aquilo que distingue os seres humanos de todos os outros animais. Por isso não entendo a razão dos copywriters, designers e heads of manda bitaites meterem “creative” antes de um cargo naturalmente criativo, quando, no fundo, somos todos criativos a lutar pela percepção de valor e significado da criatividade."
Parabéns, Pedro!
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