Na concepção dos jornais foi questionada e explorada a possibilidade de forma e conteúdo, meio e mensagem, se articularem e enfatizarem o propósito e a ambição do projeto. Pareceu-nos adequado evocar o formato do jornal, um meio tradicional, não enquanto dispositivo nostálgico ou saudosista mas antes como um desacelerador, favorecendo uma reflexão crítica sobre o papel atual e histórico dos meios de comunicação.
Escolhemos o formato do jornal e exploramos o tipo de letra exclusivo desenhado pela DSType, criando diferentes layouts que, quando adequados, se relacionam com o conteúdo. A título de exemplo, concebemos um layout caótico e punk para o exemplar dedicado às Pussy Riot e exploramos tamanhos de letra contrastantes para o exemplar dedicado a Malala Yousafzai, representando o forte poder e alcance da sua voz mesmo enquanto jovem.
Para além dos vinte números correspondentes às 20 personalidades, foi desenhado e produzido um outro, informativo do evento e utilizado como folha de sala na entrada da exposição.
Os jornais foram impressos em papel de jornal padrão, escolhido pelas suas propriedades leves reciclabilidade.