As ilustrações e a tipografia manual criadas para "O que já importa" mergulham no universo do surrealismo, onde símbolos do Tarot se transformam em metáforas visuais e narrativas paralelas à música.
Cada composição gráfica funciona como uma carta revelada, abrindo múltiplos sentidos e leituras possíveis: entre o acaso e a intenção, a intuição e a lógica, o visível e o escondido.
A estética artesanal, imperfeita e orgânica, ecoa o gesto musical de Afonso Pais, criando uma obra total: som e imagem que se entrelaçam num mesmo gesto criativo.

Mais do que um disco, é uma constelação de significados que desafia a leitura linear, convidando o público a regressar sempre, como quem consulta um oráculo em busca de novas respostas.