Data de início de veiculação do trabalho: Junho 2024
Qual o Produto? ONG
Descrição do briefing
Joaquin Oliver foi assassinado no tiroteio na escola de Parkland, no Dia dos Namorados em 2018. Seis anos depois, os seus pais, Manuel e Patricia Oliver, cofundadores da Change the Ref, uma ONG anti-violência com armas de fogo, continuam a lutar contra essa trágica realidade.
A Change The Ref tem como missão “continuar a tentar mudar a resposta social dos Estados Unidos à violência armada, unindo criatividade, ativismo, disrupção e educação.”
De acordo com o KFF.org, a violência com armas de fogo é a principal causa de morte de crianças nos Estados Unidos, e a taxa de mortalidade de crianças e de adolescentes é 29 vezes maior do que nos outros países.
Em 29 de março de 2023, já tinham ocorrido 130 tiroteios em massa nos EUA. Este é maior número de tiroteios registado desde 2013 (dados do Gun Violence Archive). Nos EUA, as armas de fogo são agora a principal causa de morte de crianças, uma estatística que não se encontra em nenhum outro país que não esteja em guerra.
Embora haja cada vez mais movimentos e campanhas anti-armas, quando se trata de prevenir a violência armada, nada parece estar a resultar.
Independentemente dos esforços, o número de crianças mortas por armas de fogo nos EUA continua a crescer. Parece que só nos resta uma coisa que podemos fazer para salvar as crianças: tirá-las dos EUA!
Descrição da peça
A ideia: um apelo às pessoas que vivem em outros países para que adotem crianças norte-americanas e as levem de volta para um país seguro.
A ideia surgiu como consequência direta do pensamento estratégico: se os EUA não podem salvar as suas crianças, talvez outros países possam. É um apelo internacional para adotar crianças norte-americanas e protegê-las da violência com armas. A Change The Ref continua, assim, a sua missão, desta vez com uma campanha internacional de consciencialização intitulada “Salve-nos dos EUA”.
Trata-se de tentar fazer com que os norte-americanos se sintam envergonhados.
A campanha foi produzida com um budget muito reduzido, em regime de pro-bono, e ganhou vida em vários países do mundo inteiro através do meio de outdoor, num estilo que visava replicar os clássicos anúncios de jornal. Um vídeo online mostra retratos de crianças inocentes num cenário típico de anuário escolar e foi veiculado no YouTube, nas redes sociais de forma orgânica e na landing page da campanha.
Manuel e Patricia Oliver viajaram até muitas cidades europeias e, corajosamente, colaram cartazes de campanha e conversaram com transeuntes e jornalistas estrangeiros.
"Salve-nos dos EUA" alcançou também os norte-americanos através das plataformas sociais Facebook, Instagram e YouTube.
A campanha foi veiculada em 7 idiomas diferentes, com todas as peças a direcionar as pessoas para o site da campanha, onde poderiam saber como iniciar um processo de adoção. Ironicamente, tudo o que precisavam para iniciar um processo de adoção internacional foi explicado numa página oficial do Departamento de Estado dos EUA.
Resultados
Pela primeira vez, uma campanha americana anti-armas foi veiculada além das fronteiras dos EUA, pedindo a estrangeiros que adotassem crianças americanas e as levassem em segurança para outros países. Isso só foi possível graças a duas agências de meios europeias, já que nenhuma empresa americana aceitou ajudar com a campanha. Presumimos que tenha sido por medo de represálias.
A ideia atraiu a atenção necessária para a causa através de vários órgãos de comunicação social nos EUA e internacionais, o que se torna ainda mais relevante considerando o quão insensível o mundo se tornou à epidemia de armas nos EUA.
Dos 200 press-releases enviados, a taxa de abertura foi de 60% (10% acima do benchmark).
Depois de tudo ter sido tentado dentro dos EUA, esta campanha tentou explorar o proeminente orgulho americano, dando aos estrangeiros a possibilidade de tentar salvar crianças americanas. Mudar este tipo de comportamento exige tempo, resiliência e novas maneiras de chamar a atenção das pessoas para a causa, algo que esta campanha conseguiu. Numa pesquisa online de palavras-chave em inglês “Save us from the USA”, “Change the Ref”, “Adopt a US child” e “Adopt American Children” obteve-se um alcance estimado de 59 milhões e uma estimativa de 46 mil visualizações.
As estatísticas do site da campanha indicam que existiram visitas de pessoas de 41 países.
O número de processos de adoção potencialmente iniciados ainda não foi divulgado pelo Departamento de Estado dos EUA. As informações mais recentes disponíveis são relativas a 2023.
Título do trabalho: Save us from the USA
Cliente / Anunciante: Change The Ref
Agência: Stream and Tough Guy
Agência Colaborativa: Atlantic / Nova Iorque
Agência de Meios: Wade Agency / Copenhaga
Agência de Marketing/PR: AJ Media Inc. / Nova Iorque
Produtora: FUZE / Curitiba
Produtora de Som: DaHouse Audio / Los Angels
Profissionais que executaram o trabalho:
Diretor de Arte: Luís Ferreira Borges
Compositor: Lucas Mayer, Silvinho Erné, Wonder Bettin
Redator: Miguel Durão
Diretor Criativo: João Coutinho, Marco Pupo, Miguel Durão
Diretor Geral / CEO: João Ribeiro
Suzanne Barbosa: Editor, Fernando Vital, José Pedro Sousa
Produtor Executivo; Carol Masseti, Cassiano Derenji
Marketeer (nome do cliente): Manuel Oliver, Patricia Oliver
Produtor: Assya Mediouni, Fabiano Proença, Hugo Carvalheiro, Hugo Pacheco, Lipe Faria, Lucy Coste, Quito Leal
Diretor de Estratégia: João Ribeiro
Digital Artist: Marcelo Pupo
Mix e Sound Design: Lucas Mayer, Rodrigo Deltoro, Wonder Bettin
Out-of-home: MOP / Lisboa
Pós-Produção: Christian Feistauer, Daniel Klock
PR e Comunicação: Alyssa Seigel, Paul Renaudineau
Produtor Musical: Lucas Mayer, Silvinho Erné, Wonder Bettin
Supervisor Musical: Wonder Bettin
Campo de Santa Clara
Mercado de Santa Clara 1º piso
1100-472 Lisboa
Tel. +351 913 192 292
geral@clubedacriatividade.pt
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