“Eu tento em qualquer projeto que o conceito se sobreponha à forma final. Ou melhor, a forma final deve obedecer a um determinado conceito, porque sinto que a narrativa muitas vezes perdura mais do que a forma em si. As pessoas até podem fixar uma cor ou uma fonte mas, no fundo, a história que esse conjunto de cor e fonte contam acaba por perdurar muito mais, acaba por perdurar na mente das pessoas e também no tempo, muito mais do que uma pura experimentação visual.” Lisa H. Moura

Da identidade e pertença aos desafios da comunicação, nesta conversa abordam-se temas essenciais, como o processo criativo, a autoria, responsabilidade e sentido crítico do designer, e o trabalho invisível de criação e otimização de ferramentas dentro das equipas.

“Há dois conceitos que são essenciais no meu processo: empatia e sensibilidade. Acho que um designer tem de fazer um exercício constante de empatia, quer para com quem está a prestar um serviço, quer para com quem está a comunicar – isto se pensarmos que é um cliente que está a comunicar para um público – mas há um exercício que é essencial, que é o de perceber o que é que o outro precisa, o que o outro quer. (...) E sensibilidade para se perceber onde tem de depositar a sua atenção, ao que é que tem de dar mais prioridade. Há um exercício de sensibilidade para, no fim, colocar tudo na balança e perceber de que forma é que o projeto tem de responder a estas várias necessidades que por vezes são antagónicas, de que forma o projeto consegue responder da melhor forma a tudo isso.” Lisa H Moura

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