A sua presença no XIX Festival do CCP dará ainda lugar a uma Palestra dirigia a publicitários, a partir das 22h30, seguindo-se um debate com moderação de João Fernandes, curador do Clube para as Tecnologias, com a participação dos convidados António Guerreiro e Ricardo Monteiro, a partir das 22h30.

A história da publicidade, muitas vezes esquecida, não é apenas a história do despertar do desejo por um objecto ou do moldar dos nossos comportamentos. A história da publicidade é tão antiga quanto a história da comunicação humana, desde o momento que os homens passaram a ter formalmente coisas para anunciar. “A publicidade contemporânea” diz-nos Coccia na sua Carta “é a herdeira desta velha arte de deixar as pedras falarem e pregarem a causa do bem comum. Os criadores de publicidade são os novos Orpheus, capazes de atrair as pedras até si, através da sua música”. As imagens publicitárias sempre tentaram refletir a felicidade e a perfeição humana corporificadas em objectos. Como tal, os objectos passam a ter uma responsabilidade moral nas escolhas que fazemos desses mesmos objectos e que integram o nosso dia-a-dia. Criar é, por isso, um acto de reflexão eterno e necessário.

Na sua Carta, Coccia conclui que “no futuro seremos todos criadores de publicidade”. Hoje, no espaço público refletido em algumas redes sociais como o Facebook, as pessoas tornaram-se redatoras de si próprias. Todos falam de si fazendo “campanhas sobre si próprios, a sua personalidade e as suas vidas”.

Nesse sentido, a natureza mais profunda da própria sociedade – a rede de relacionamentos e interações, bem como os eventos que se estabelecem dentro dela – será a Publicidade.

Por isso mesmo, esta é uma “Carta de um Filósofo a um Jovem Publicitário”, que todos os veteranos desta indústria deveriam também ler.

Conferência de Imprensa e Lançamento do Livro:
Convento da Trindade, Sala Conferências – 17h00.
Conferência e Debate:
Convento da Trindade, Sala Conferências – a partir das 22h30.
Sessão paga: 10 € | Sócios não pagam.