Mariana Liz, professora e investigadora   |    Tota Alves, realizadora e argumentista

Mariana Liz é professora na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e investigadora no Centro de Estudos Comparatistas da mesma instituição. Foi Técnica Especialista no gabinete do Secretário de Estado para o Cinema, Audiovisual e Media. É autora de artigos e monografias, e coordenadora de volumes científicos sobre cinema, incluindo Educação para o Cinema em Portugal (Observatório Permanente da Juventude, 2022) e Realizadoras Portuguesas: Cinema no Feminino na Era Contemporânea (Imprensa de Ciências Sociais, 2023).

Tota cresceu em Rio Tinto, estudou História em Coimbra e ficou perdida sem saber o que fazer no final do curso. De canudo na mão, trabalhou em lojas de roupa, cozinhas, limpezas, babysitting em Inglaterra e no Porto. Aos 28 anos tomou a melhor decisão da sua vida: estudar escrita para cinema e televisão em Lisboa e, desde então, trabalha na indústria do cinema e audiovisual. É realizadora e argumentista de O Meu Sangue (RTP Play, 2020) e Dolores (RTP Play, 2020), fez uma pausa para ter um filho e retomou a escrita para duas séries que estão neste momento a ser produzidas para a RTP. A Tota tem 33 anos e ainda não sabe como escrever bios. Todas as vezes que alguém lhe pede uma, ela tem dificuldade em escrever sobre si própria na terceira pessoa. 

A MUTIM - Mulheres Trabalhadoras das Imagens em Movimento - é uma associação de mulheres que trabalham no cinema e audiovisual em Portugal fundada em 2022.

Somos uma ferramenta para fomentar a paridade no setor, contribuindo para uma representatividade equitativa e realista das mulheres na participação, concepção, desenvolvimento, criação, produção, disseminação e promoção das obras cinematográficas e audiovisuais.

Queremos estudar, debater e alavancar a presença de mulheres - de forma interseccional - no cinema e audiovisual em Portugal. Trabalhamos no sentido de gerar um pensamento crítico acerca de como as mulheres são representadas no cinema e audiovisual, acreditando que as histórias e imagens que produzimos hoje são as bases para a cultura do futuro.

Rita Luís,  investigadora e professora   |   Sara Silva Santos, diretora de arte e designer gráfica 

Rita Luís é investigadora no Instituto de História Contemporânea da Universidade Nova de Lisboa, onde se dedica, entre outras coisas, à história dos media no contexto das ditaduras ibéricas do século XX, focando-se na análise dos fluxos transnacionais, do fenómeno censório e da transferência cultural. Como professora auxiliar convidada no IADE/universidade Europeia e na NOVA-FCSH, teve a oportunidade de explorar a relação entre a história e a comunicação a partir da cultura contemporânea. O projeto Bastarda surge de uma relação longa com a publicação independente, iniciada no início do século XX através do mundo das fanzines, dos coletivos feministas e do universo punk hardcore e, mais tarde, por meio da associação UNIPOP que, além da revista Imprópria, dinamizava a pequena editora Edições UNIPOP. 

Sara Silva Santos é diretora de arte e designer gráfica com prática independente em Lisboa. De 2007 a 2013 trabalhou no atelier Barcelonino Bisdixit, envolvida em projetos para clientes do setor cultural e institucional, como a Bienal Europeia de Arte Contemporânea (Fundação Manifesta), Fundação Gala-Salvador Dalí, Transportes Metropolitanos de Barcelona ou Sala d'Art Jove entre outros. Em 2013 cofundou o estúdio de design Workship em Barcelona, onde dirigiu até 2022 uma grande variedade de projetos para clientes como a Câmara Municipal de Barcelona, o Auditório e Teatro de Girona, o Centre Obert d'Arquitectura ou as Nações Unidas, entre outros. Foi professora em cursos de pós-graduação e mestrado no IDEP Escola Superior de Imagem e Design, e de Licenciatura em Design Gráfico na LCI, em Barcelona. Os seus projetos foram premiados no Arts Directors Club, NYC Society of Illustrators, Communications Arts Magazine, Clube de Criativos de Portugal, ADG Laus e Daniel Gil (Visual).