
É uma tradição e um ponto de honra do CCP a entrega do Prémio Carreira. Não há indústria nem classe sem memória e sem história e este é o pequeno contributo do CCP para essa história.
O Clube de Criativos de Portugal tem premiado e homenageado ao longo dos anos, vários profissionais que contribuíram para o mundo da publicidade e que não podem ser esquecidos.
A todos eles o nosso Agradecimento.
Prémios Carreira CCP:
Homenageado Prémio Carreira 2001

Fundador / proprietário e Director Criativo da Cineponto
" O que todos devemos ao João Paulo Castel-Branco
Quando cheguei a Portugal, já lá vão muitos anos, a comunicação por aqui era bem diferente do que é hoje. A paisagem mediática era outra. Estávamos longe da internet, mesmo os canais privados de televisão não tinham chegado, jornais e revistas eram escassos. Na publicidade, a qualidade gráfica e dos textos, os padrões de produção de filmes e fotos, as ideias (ou a falta delas), era tudo bastante mau.
Mas havia exceções – que, por serem muito raras, davam logo nas vistas. Uma delas era uma pequena agência que tinha ganho, pouco antes, a conta da Longa Vida. Tinha campanhas que se destacavam por serem simples, com mensagens focadas, boas ideias, fotos e filmes bonitos. Tinha um nome ruim – Cineponto – mas um trabalho muito acima da média.
Poucos meses depois de aterrar no país, tive a sorte de ser apresentado ao cérebro e coração por trás daquele bom trabalho: o João Paulo Castel-Branco, que há um mês nos deixou.
Quando o encontrei estava à espera de me juntar à Cineponto enquanto copy, mas a proposta do João Paulo era outro: queria que eu assumisse a direção criativa da agência no Porto.
Para mim foi um susto. Diretor criativo, eu? Tinha poucos anos de publicidade no Brasil, onde não fizera nada que se destacasse. Nem sequer era formado na área: tinha estudado para ensinar literatura e francês. Mas o João Paulo tranquilizou-me. Recebera boas referências do meu trabalho. E, para o que fosse necessário, lá estaria para me ajudar.
Aceitei lisonjeado, embora sem ilusões. A verdade é que o mercado era pequeno, muito concentrado em Lisboa e estava aquecido. Praticamente não havia escolas que formassem novos profissionais, e os que havia, instalados na capital, não tinham grande incentivo para se aventurar no Norte.
Por muito que acreditasse em mim, como dizia, à sua maneira sempre encantadora, ao pôr um redator não muito experiente como diretor criativo o João Paulo mostrava acreditar sobretudo em si mesmo. Na sua intuição, no seu jeito para lidar com pessoas, na sua capacidade para ensinar e inspirar.
E muito me ensinaram, de facto, aqueles anos na Cineponto, antes e depois de se tornar Leo Burnett. Aprendi sobretudo com os meus erros – pelos quais, agora já o posso admitir, muitas vezes foram os clientes a pagar. Mas o João Paulo, como prometera, esteve sempre lá para dar uma ajuda.
Ao ser apresentado a uma campanha, com frequência o seu comentário era uma pergunta: o que é mesmo que queremos comunicar? Esta atenção ao foco da comunicação, à função que queremos que desempenhe a serviço dos objetivos do cliente – o que para um criativo pode ser tão fácil de perder de vista – foi provavelmente o que de mais importante aprendi com ele. Como redator, diretor criativo ou estratega, é algo que me acompanha até hoje.
Ainda assim, se perguntarmos a quem conheceu o João Paulo Castel-Branco qual terá sido o seu traço mais marcante, duvido que esse lado racional seja o mais destacado. Acredito que a maior parte de quem lidou com ele, fossem colegas e colaboradores na agência, fossem parceiros – fotógrafos, realizadores, músicos – ou os próprios clientes, recordará sobretudo o charme, a forma emotiva e sedutora de lidar com as pessoas.
O João Paulo era um intuitivo. Muito cuidadoso com a execução dos seus trabalhos, nem sempre tinha, à partida, uma ideia muito clara do que buscava: ia lá por aproximações, à procura de um não sei quê que frequentemente escapava – e baralhava – a quem estava à volta, mas que, quando era encontrado, podia ser brilhante.
A publicidade em Portugal mudou muito, e para melhor, desde esses tempos em que o João Paulo Castel-Branco era uma das suas figuras mais luminosas. Mas não seria o que é hoje sem que as suas campanhas, focadas, emocionais, com mensagens simples e um grande cuidado visual, tivessem começado a elevar o padrão de exigência dos anunciantes e consumidores portugueses."
Jayme Kopke, diretor Geral e Criativo da Hamlet
João Rapazote
Homenageado Prémio Carreira 2002

João Rapazote, sempre foi considerado o produtor mais inovador.
Responsável pela produção de filmes para as grandes marcas nacionais e internacionais que operam em Portugal, bem como SERVIÇOS, trabalho que foi desenvolvido para grandes projetos globais.
Lidera a P35, que é uma produtora de publicidade premiada em Portugal.
João Paulo Castel-Branco
Manuel Peres
Homenageado Prémio Carreira 2003

O nosso querido sócio e amigo Manuel, nasceu em 1941 e começou a sua carreira muito jovem em 1955. Foi estudante e aprendiz de Litografo / Tipógrafo Litografia Fernandes. Recebeu a sua Formação em Lisboa na Escola Machado de Castro / Escola António Arroio e em S.Paulo cursou Pedagogia do ensino Noturno.
Foi Docente na Escola António Arroio em Caligrafia e Design Gráfico e na Escola Panamericana de Arte S.Paulo / Brasil, em Ilustração. Leccionou “Criatividade” na ETIC em Lisboa.
CEO e professor para Aerografia e Design, das CEE, 840 h ( TSF ).
Júri externo em docência.
Júri Nacional e Internacional para: Design, Ilustração e Comunicação
Júri para o World Press Cartoon 2019
CEO da Bienal Internacional Arte fotográfica 1982 S. Paulo
Criou e Ilustrou obras de: Agatha Christie, Fernando Gabeira, Jô Soares e Paulo Anes. Também para a Revista Veja, Brasil e Rotovision de Geneve / Suiça
O seu trabalho está editado no “Graphis”, Zurique, Design Art Journal, Seul, Anuário de Criação do Brasil ( premiação ), Arte D, Brasil.
136 Premiações Nacionais e Internacionais na Europa e América do Sul em Design, Fotografia, Ilustração, Advertising.
Founding Partner / CCO, do Grupo Euro RSCG Portugal. ( convidado ).
Founding Partner CEO / CCO da Euro RSCG Design, do Grupo Euro RSCG
Sai em Dezembro 1995.
Aos 73 anos volta ao mundo das agências e é Craft Master da agência BAR.
A destacar o seu Prémio Ilustração na Bienal Internacional de Design Gráfico Vila Nova de Cerveira 1988 e o seu Prémio Mundial para embalagem ( Matinal – Tetra Pack) único para Portugal, em 1989.
Conquistou o seu primeiro prémio Internacional em 1971 na Bienal Internacional de Zagreb com medalha de ouro.
Dir de Arte e Dir Criativo em várias Agências.
Numa entrevista e à pergunta “ Como é que as imagens aparecem na sua mente”, Respondeu: – “Aparecem por ausência, / …quando por ausência ou preguiça, surgem com maior rapidez” /
Atualmente é Concept Designer
Eduardo Homem de Sousa
Homenageado Prémio Carreira 2011

Entre 2008 e 2011 Eduardo Homem de Sousa foi Diretor de Planeamento Estratégico da Agência de Publicidade Laranja Mecânica.
2002-2008
Director Criativo da Agência de Publicidade Caixa Alta
2001-2002
Director Criativo Associado da Multinacional de Publicidade Conquest
1996-2001
Sócio Fundador e Director Criativo da Agência de Publicidade Interact
1990-1996
Sócio Fundador e Director Criativo da Multinacional de Publicidade Park, membro do Grupo Foote Cone and Belding, mais tarde BMZ Park
1980-1990
Sócio Fundador e Director Criativo da Multinacional de Publicidade Unitros Portugal, membro do Grupo Francês Eurocom
Convidado por Michel Richardot, para abrir a Multinacional de Publicidade Ogilvy and Mather em Portugal
1978-1980
Redactor Publicitário (Copywriter) na Agência de Publicidade Abrinicio
1973-1978
Redactor Publicitário (Copywriter) na Multinacional de Publicidade Hora/MCCann Erickson
Olga Pinto Pereira
Homenageada Prémio Carreira 2013

Olga Pereira, criativa publicitária e redatora.
Diretora Criativa da HDM Portugal em 1986.
Foi empresária fundadora da Agência COX e criativa das campanhas para os Gelados “OLÁ”.
Olga Pinto Pereira, grande profissional que deixou na história o jingle do Cornetto e a assinatura da Kodak.
“Olga Pinto Pereira, publicitária, entrou em meados dos anos 1960 para a secção de estudos de mercado da Fima-Lever. E lembra-se bem de uma tentativa de modernização da embalagem da Vaqueiro. “A marca tinha estado sempre ligada à imagem do pastor com um cajado, a ideia era dar um ar de pastorícia, de produto natural.
Mas a certa altura fizemos um estudo para novas embalagens, fizemos testes e ganhou um desenho que tinha umas elipses. Foi colocado no mercado e a marca veio por aí abaixo”, conta.
“Foi o primeiro contacto que tive com um fenómeno de flop de marca. E lá teve de regressar o pastor.”
Público, Fevereiro 2013
António da Silva Gomes
Homenageado Prémio Carreira 2014

“Esteve ligado à área da publicidade durante 36 anos, 24 dos quais no grupo McCann-Erickson, tendo chegado a vice-presidente sénior da McCann-Erickson Europa. Deixa dois livros publicados sobre publicidade e comunicação: “Publicidade Sem Espinhas – 40 Anos de Histórias” (edição Oficina do Livro) e “Publicidade e Comunicação” (Texto Editora).
É na sua autobiografia que conta: “Eu ‘fiz’ uma agência de publicidade que foi líder de mercado durante mais de vinte anos. Mas, mais do que o orgulho de um recorde, tenho orgulho no modo como o consegui – sem nunca, pelo menos em consciência, ter agredido a dignidade de ninguém”.
Começou o seu percurso na publicidade em 1964 na então G. Thibaud & Cia (depois Lintas e Lowe), que era a agência do grupo Unilever. Dois anos depois transita para a Manuel Martins da Hora, agência que, como relata no livro “Publicidade Sem Espinhas”, tinha “dois patrões e quatro empregados – a saber: um criativo em part-time, um paquete (não confundir com account executive, um funcionário para-todo-o-serviço e uma secretária”, recorda Silva Gomes na sua auto-biografia”. Estagia em Londres na agência de relações públicas Garland Compton. Regressa a Lisboa já como sócio da Manuel Martins da Hora. Esta agência viria a estabelecer uma relação com a McCann Erickson Worldwide em 1977. Três anos depois, a McCann compra a agência portuguesa. Silva Gomes mantém-se como director geral e, depois, presidente da agência que se manteve na liderança do mercado por muitos anos.
Viria a receber o Healy Award em 1988, entregue anualmente pelo grupo Interpublic a um única pessoa entre os 30 mil colaboradores do grupo espalhados pelo mundo. Em 1992 foi eleito um dos Top 10 Worldwide Leader da McCann pelo seu desempenho profissional nos cinco anos anteriores. Deixa o grupo McCann em 2001.
Em entrevista ao M&P em 2008, António da Silva Gomes recordava alguns dos momentos históricos do seu percurso profissional. “Por exemplo, o lançamento da Coca-Cola em Portugal é um marco, obviamente. Depois, ter conseguido aquilo que tinha sido o meu objectivo, ou seja, a possibilidade de fazer publicidade com os recursos que uma grande multinacional dá e que foi aquilo que procurei durante uma série de anos. Antes de fazer o acordo com a McCann e a venda posterior da Manuel Martins da Hora, consultei uma série de outras agências internacionais que me levaram a vários sítios e entendimentos. Isso foi o cumprimento de um plano. Isso é gratificante. Aquilo que me marcou são estas coisas. Fiz aquilo que quis fazer no campo da publicidade. Formámos o primeiro grupo em Portugal a funcionar com equipas próprias nas várias áreas, desde design, relações públicas…”
António da Silva Gomes fundou em 2000 o Festival Internacional de Língua Portuguesa, que teria edições na Figueira da Foz, Espinho, Portimão e Lisboa, e que pretendia ser um ponto de ligação entre os criativos lusófonos. Adepto ferrenho do Benfica, Silva Gomes integrou a direção de Manuel Vilarinho que substituiu a de Vale e Azevedo. Foi pai por duas vezes, tendo deixado como herdeiro na publicidade Rodrigo Silva Gomes, fundador e CEO da agência Normajean.
Na sua autobiografia, já no fim, deixa uma mensagem para os dias de hoje: “Quero que o meu velório seja uma coisa gira e diferente, própria de um publicitário. Com pouca gente. Um velório como deve ser é uma festa íntima. Só quero amigos à minha volta”.
Meios e Publicidade, Abril 2017
José Maria Pimentel
Homenageada Prémio Carreira 2015

Começou a trabalhar como paginador e arte finalista em 1979.
Passou por algumas das maiores agências nacionais – Publicis, FCB, Lintas e desde 2002 que é o dono e rosto visível da Capital – Central de Criativos.
Ilustrador de sucesso, comunicador, autor de inúmeras campanhas de sucesso.
Podemos encontrar no seu perfil de linkedin a seguinte descrição:
“O Zé é um criativo excepcional.
Encara o trabalho como encara a vida, avidamente encantado…
Mantém intacta a sua capacidade de imaginação, própria das crianças e com muita habilidade alia-a à maturidade da sua experiência e a um excelente conhecimento, com aprofundamento contínuo, do Branding.”
Para a maioria de nós ele é o homem que nos dava todas as noites a alegria e a tristeza da hora de dormir
O homem que nos mandava para a cama, mas que o fazia para que o sono fosse um interminável sonho.
Mas o Vitinho, foi apenas um dos seus grandes sucessos. A Família Singer, o Totas e muitos mais…
Agora chegou a hora de retribuir.
E somos nós que desejamos que ele continue sempre a sonhar.”
Ricardo Mealha
Homenageado com o Prémio Carreira CCP 2016

Desde 1997, Ricardo foi distinguido com mais de 80 prémios em concursos nacionais internacionais, onde se inclui o Gold Award Winner e 12 nomeações no International Forum Design, Alemanha.
Diretor Criativo foi responsável pela imagem gráfica do Ministério da Cultura, entre os vários projetos que desenvolveu durante a sua carreira, foi designer e diretor criativo da cadeia de 14 hotéis Tivoli, da Atlantis Crystal, das lojas Area, do Museu do Design e da Moda, do Museu da Presidência da República e da Casa das Histórias Paula Rego.
Em 2001, o designer criou o atelier de design RMAC Brand Design, o qual vendeu cinco anos depois ao grupo BBDO Portugal.
Entre as mais de oito dezenas de prémios com os quais foi distinguido desde 1997, destaque para o Gold Award Winner e 12 nomeações no International Forum Design, na Alemanha, membro do D&AD de Inglaterra, premiado no ID Design Awards dos Estados Unidos e no Print European Design Awards em vários anos.
Numa cerimónia emotiva, Ana Cunha falou do seu percurso e entregou o troféu em palco à mãe do Ricardo Mealha, com uma grande salva de palmas do público presente no Festival.
Ricardo Mealha deixou-nos cedo demais em novembro de 2015.
José Faria
Homenageado com o Prémio Carreira CCP 2017

“Em 2017, José Faria é nosso !
Lá por 1958 / 1959 existiam em Portugal três agencias de publicidade.
A LPE Morrisson, a Manuel Martins da Hora e a Cinevoz.
O José Faria era designer grafico na Morrisson, agência de um senhor coronel. Inglês.
O Zé também distribuia nesses anos o seu talento e humor pelas oficinas de gravura e litografia como free lance criando campanhas publicitarias e peças gráficas.
Partiu lá por 1980 para Málaga onde fundou com Baranco e Arisa a agencia de comunicação "FBA"
Em Málaga, esteve na frente de um colectivo de artistas a que chamou de "PALMO". Um palmo que congregou centenas de dedos de artistas de todas as áreas.
Voltou para Portugal em 1986
Trabalhou na Cinevoz, na Team Protásio e na DDB com Américo Guerreiro.
A arte da gravura apaixona-o onde se situa como um dos melhores mestres europeus tendo sido director técnico da cooperativa de gravadores.
Deu aulas num colégio de freiras, ensinando a sua arte e o seu humor a senhoras de negro que rindo, menos orações rezavam, por ele.
Hoje, e todos os dias, reune-se desde cedo com os seus alunos que não conseguem descobrir como o José Faria trabalha com tanto talento e saber e ao mesmo tempo a todo tempo, ri com o corpo todo.”
Manuel Peres
Miguel Fernandes
Homenageado com o Prémio Carreira CCP 2018

Miguel Fernandes, entrou no mundo da Publicidade em 1979, na original Abrinicio, para afiar pincéis. Em 1984 a americana JWThompson adquiriu a agência portuguesa e passado algum tempo, foi nomeado Deputy Creative Director.
Em 1989 a JWThompson decidiu reabrir a Abrinicio e foi convidado a ser o seu Chief Creative Officer, onde fez o lançamento do Azeite Gallo.
Em 1990 aceitou o convite para ajudar a lançar a RSCG, actual HAVAS, como Art Director, onde trabalhou em projetos como Lisboa, Capital Europeia da Cultura e Expo98
Alguns dos seus trabalhos e recordar AQUI
Conceição Gomes da Silva
Homenageado com o Prémio Carreira CCP 2019

“A par de Olga Pereira ( Nossa prémio Carreira ) As únicas mulheres que iniciaram o ciclo feminino na profissão de criativo a partir dos anos sessenta.
A profissional onde todos se refugiavam onde todos procuravam e acabavam por ver o melhor exemplo um brilhante carácter. Um corpo profissional de onde a alma da criatividade era trabalho imenso ainda nos anos setenta/oitenta.
Como jornalista, no Diário de Lisboa, recebeu o prémio de melhor reportagem.
A publicidade foi a sua escolha definitiva, na Cinevoz ou na Team Protásio / Y&R, como copy, diretora criativa, para clientes de grande dimensão.
Em 1973 para a Citroen no lançamento dos modelos Diane e Mehari.
Na Cinevoz dirigiu as campanhas para a água Carvalhelhos, ou Água do Luso onde se podia ler para crer, “ Nascida no Centro da Terra”.
Também para a Shell (petrolífera) e Óleo Fula nos anos oitenta.
Atualmente, merecidamente, corre pelo mundo, viajando.”
Manuel Peres
Maria Eduarda Colares
Homenageada com o Prémio Carreira CCP 2020

Maria Eduarda Colares nasceu em Lisboa, em 1944, no Bairro Alto. Fez o ensino primário no Externato de D. Filipa de Vilhena e o secundário no liceu de D. Filipa de Lencastre. Quebrou a dinastia ao entrar para Letras, (Filologia Germânica), na Universidade Clássica (Lisboa). Casou e desse casamento tem uma filha, Alexandra, nascida em 1967. Voltou a casar e desse casamento (que se mantém até hoje) nasceu um filho, Frederico, em 1977. Desde 2002, tem um neto, Mário. Vive em Lisboa, freguesia de Alvalade. Tem um cão, Peter Pan.
1970 - Iniciou a atividade publicitária na Ciesa NCK, como copywriter, sob a direção criativa de Artur Portela Filho (copy) e António Alfredo (art director).
1971 – Entra para a L.P.E. Morisson, como copywriter.
1972 - Por motivo da aquisição da Morisson pela Leo Burnett, transita para esta agência como copy e depois diretora criativa do grupo responsável por contas como SUPA (Pão de Açúcar), em Portugal continental e Angola; Bayer; Ciba-Geigy; Gilette.
1975 – Integra o grupo de profissionais que, na sequência do encerramento da LeoBurnett em Portugal, forma uma sociedade e funda a Abrinício (Publicidade e Marketing), onde ocupa o lugar de Directora Criativa, para além de desempenhar funções na gerência.
1975 a 1986 - Abrinicio. Directora Criativa dos grupos responsáveis por contas como: Nestlé (estratégia “Diga Bom Dia com Mokambo”); Gilette; Supermercados Pão de Açúcar;; Pepsi; Selecções do Reader’s Diggest; BDF – Beiersdorf; Água do Luso (estratégia “Tão natural como a sua sede”); Mocar (automóveis); Tuborg; Cervejas da Madeira; Atlantis (estratégia Cristais de Alcobaça); Bayer; Ciba-Geigy; CIN; Robbialac; Moulinex; Porto Ferreira (estratégia “Foi você que pediu um Porto Ferreira?”).
1986 – 1990 - J.W. Thompson, (que adquiriu a Abrinicio que mantem como segunda agência) Directora Criativa dos grupos responsáveis por contas como: Nestlé (Mokambo, Nestum, Nescafé, Pensal, Nesquik; Cérélac, Nestea, Maggi, Milo, Molico); Kodak; Montepio Geral; Sogrape; Warner Lambert; Máxima; Superbock (estratégia “Sabor autêntico”); Fiber; Scott Paper Portugal; etc.
1990 – 1993 - COX (Publicidade e Marketing) Directora Criativa dos grupos responsáveis por contas como: Ausonia; Banco Central Hispano (private banking); Fima-Lever; Siemens; Wella Portugal; Roche Farmacêutica.
1994- 1997 - TVI – Televisão Independente . Responsável pela Imagem e Comunicação on e off-screen. Desenvolveu os projectos de lançamento de novos programas.
1998 - Magazin Produções. Sócia fundadora. Directora criativa para as áreas de publicidade, cinema, televisão e espectáculos de lançamento de produtos e marcas. Marketing cultural. Principais clientes: Editorial Verbo; Interage; Liber Meribérica.
1999 – 2000 - Salon du Livre de Paris. Coordenadora Geral para a presença de Portugal. Assessora do Comissário, Prof. Eduardo Prado Coelho. Responsável pela supervisão de toda a área de comunicação e imagem e coordenação de todo o material promocional e de divulgação. Responsável pelos recursos humanos necessários à representação de Portugal como país convidado de honra nesta edição do Salon du Livre. Coordenadora de todas as fases deste acontecimento, desde a sua apresentação à comunicação social, em Lisboa, até à sua concretização.
2001 – 2002- Ministério da Cultura. Gabinete do Secretário de Estado da Cultura . Assessora equiparada a Adjunta para as áreas relacionadas com o livro (IPLB, BN, IAN/TT; CSA; CSB)
Desde então tem desenvolvido atividade em áreas ligadas â literatura, tendo um livro publicado e outro em preparação.
João Nunes
Homenageado com o Prémio Carreira CCP 2021

Nunca mantive um portfólio, por isso não tenho cópias de filmes ou anúncios para mostrar.
Assim, de memória, recordaria as campanhas de privatização da Unicer e da Cimpor, e os anúncios de Sunsilk com "O cabeleireiro das estrelas de cinema"; as campanhas "Quem quer casa vai ao Crédito", para o Crédito Predial Português, e "O segredo mais bem guardado dos Açores", para o queijo Terranostra; também as tirinhas de BD e anúncios de imprensa de Cutty Sark, e muitas campanhas pequenas, médias e grandes para a Peugeot Portugal.
Finalmente, talvez este filme, o último que criei em Angola (com amigos talentosos) e que, de alguma forma, combina os meus dois amores, publicidade e guionismo: https://vimeo.com/361080634
O meu nome é João Nunes e sou um storyteller que gosta de ajudar outras pessoas e marcas a contar as suas próprias estórias.
Divido o meu tempo entre Portugal, Brasil e Angola, como publicitário, guionista e consultor criativo.
O meu primeiro trabalho, ainda adolescente, foi a colar rótulos em embalagens. Depois descobri que podia ganhar melhor (e divertir-me mais) a colar palavras em estórias.
Comecei como ghost writer de uma ghost writer de uma escritora de romances cor-de-rosa, mas foi quando descobri a criação publicitária que encontrei o meu caminho de storyteller.
Fui copy na Sistema, na J. Walter Thompson e na EuroRSCG. Na segunda dessas agências fui também Diretor Criativo Executivo e, na última, Diretor Criativo.
A minha passagem pela publicidade em Portugal terminou em 1998, quando deixei a vida das agências para me dedicar a escrever ficção para cinema e televisão.
A partir de 2005 voltei a combinar o trabalho de guionista com a criação publicitária, mas desta vez em Angola, como Diretor Criativo da Executive, e no Brasil, como freelancer.
Já escrevi mais de 3500 páginas de guiões (contando apenas os que foram produzidos), incluindo sete longas metragens, cinco telefilmes, onze curtas metragens, e dezenas de episódios de séries de televisão. Nesta contabilidade não incluo os spots de publicidade, vídeos institucionais e outros tipos de conteúdos, porque lhes perdi a conta.
Fui um dos fundadores (e sócio nº 1) do primeiro Clube de Criativos em Portugal, iniciativa que teve uma vida curta mas permitiu-me conhecer pessoas fantásticas e que tiveram grande impacto na minha vida.
Fui também membro fundador da Academia Portuguesa de Cinema e atualmente sou presidente da APAD – Associação Portuguesa de Argumentistas e Dramaturgos.
Desde 2005 mantenho um blogue sobre escrita em www.joaonunes.com e há uns anos publiquei o meu primeiro livro de guionismo, Como Escrever um Argumento de Cinema.
Já recebi alguns prémios e menções honrosas, nacionais e internacionais, tanto em publicidade como em guionismo.
Mas a recompensa mais importante destes anos de atividade foi conhecer e trabalhar com colegas, parceiros e clientes, a quem devo tudo. Pessoas de enorme criatividade, energia, talento e generosidade, que fizeram a minha vida melhor.
A muitas dessas pessoas posso hoje chamar amigos. Esse é o verdadeiro prémio de uma carreira - um prémio que, felizmente, ainda recebo todos os dias.
Rogério Serrasqueiro
Homenageado com o Prémio Carreira CCP 2022

"Todos os anos, o Clube atribui um Prémio Carreira. O objetivo é homenagear a carreira de alguém que se destaca no nosso mercado. Mas este ano é diferente. Este ano o Prémio Carreira presta homenagem a alguém muito maior do que uma carreira. O Prémio Carreira 2022 é para o Rogério Serrasqueiro. Despedimo-nos fisicamente do Roger este ano, mas ele estará connosco para sempre.
O Roger foi produtor fotográfico, diretor de arte, fotógrafo, realizador, e deixou-nos muito mais do que bom trabalho. Ele deixou um mercado cheio de amigos que nunca o vão esquecer, tal era a sua alegria de viver e o seu bom espírito, algo que contagiava todos os que se cruzaram com ele.
Agradecemos à equipa da Garage Films a edição deste vídeo e chamo ao palco o Miguel Varela para entregar este prémio."
Discurso Susana Albuquerque
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