
Na sexta-feira, dia 19 de novembro, foi apresentado o “Manual de Boas Práticas para a
Organização de Eventos Artísticos no Espaço Público” na Escola Superior de
Música e Artes do Espetáculo.
Com a
coordenação editorial de Bruno Costa e Daniel Vilar, este é o primeiro manual
português de boas práticas de organização de eventos artísticos no espaço
público, uma iniciativa da Bússola,
integrada no projeto Outdoor
Arts Portugal.
O “Manual
de Boas Práticas para a Organização de Eventos Artísticos no Espaço Público”, baseado
na realidade nacional e orientado pela estratégia europeia e as tendências
estéticas e dramatúrgicas atuais, pretende contribuir para o desenvolvimento
setorial integrado das artes de rua em Portugal.
O projeto foca uma componente de investigação histórica e de boas práticas,
exposta em contraponto com o contexto legal e regulamentar nacional, através de
estratégias colaborativas e transdisciplinares, envolvendo convidados com
diferentes perfis e experiências no contexto da criação artística para o espaço
público.
Ao
longo de 161 páginas, reúnem-se informações,
opiniões, exemplos concretos, metodologias específicas e abordagens
diferenciadas de contextos de criação artística distintos. O resultado é uma
visão integrada e um resumo prático corporizados num manual indispensável para
a capacitação dos profissionais do setor - artistas, produtores e promotores -,
e de apoio à qualificação das propostas programáticas para o espaço público, ao
desenvolvimento de projetos com diferenciação dramatúrgica e com ligação às
comunidades.
“Este
manual é sobretudo um guia prático e inspiracional, construído com o propósito
estratégico de elevar a qualidade conceptual e de produção de eventos
artísticos no espaço público português. É importante que se observe a arte, e
as artes de rua em particular, como uma ferramenta de desenvolvimento territorial,
aproximando as comunidades da participação ativa, com reforço das vivências
sociais e das competências democráticas”, explica Bruno Costa.
“Acreditamos que esta
publicação é importante para pensar
o espaço público como um ponto de encontro entre gerações e comunidades, estimular
um pensamento criativo nos gestores culturais, para que o espaço público seja
opção de fazer cultura nos dias de hoje, e contribuir para o desenvolvimento do
domínio artístico em Portugal, a longo prazo”, complementa Daniel Vilar.
O “Manual
de Boas Práticas para a Organização de Eventos Artísticos no Espaço Público” é financiado
pelo Ministério da Cultura, através da Direção-Geral das Artes e tem o apoio do
ARTCENA - Centro Nacional das Artes do Circo, da Rua e do Teatro de França.
A edição
física (2.000 exemplares) será distribuída pelos agentes do setor, bibliotecas
públicas e municípios nacionais, promovendo uma ação de sensibilização para as
características especiais e distintivas deste domínio artístico.
A
versão digital, livre e gratuita, está disponível no website www.outdoorarts.pt.




fotos: ©JoãoVersosRoldão
Manual
de Boas Práticas para a Organização de Eventos Artísticos no Espaço Público
Coordenação:Bruno
Costa e Daniel Vilar
Introdução
e posicionamento:Stéphane Segreto-Aguilar
Contexto
histórico e estado da arte:António Franco de Oliveira
Espaço
público, comunidade e interligações:Luís Sousa Ferreira
Contexto
legal e regulamentar:Alexandra Saraiva Fonseca
Desafios
e perspetivas futuras:Jordi Duran i Roldós
Posfácio:Álvaro Domingues
Bruno Costaé doutorando
em Estudos Culturais na Universidade de Aveiro e leciona “Parcerias, Redes e
Internacionalização nas Indústrias Criativas” na Universidade Católica
Portuguesa, onde realizou o mestrado em Gestão de Indústrias Criativas. É
membro eleito do steering committee da Circostrada Network.
Daniel Vilaré
gestor cultural e de marketing. É licenciado em Gestão de Marketing pelo IPAM.
A sua formação complementar inclui cursos especializados de Gestão de Eventos
(Turismo de Portugal) e Gestão de Projeto, contando ainda com participação em
conferências nas áreas de estratégia, inovação, marketing e turismo.
Stéphane Segreto-Aguilaré
responsável de relações internacionais do ARTCENA - Centro Nacional das Artes do
Circo, da Rua e do Teatro de França e coordenador da CIRCOSTRADA, a rede
europeia de circo contemporâneo e artes de rua. É mestre em Gestão Artística e
Políticas Culturais Europeias.
António Franco de Oliveiraé codiretor
da Companhia RADAR 360°. É um artista multidisciplinar. Trabalha nos domínios
do teatro físico, artes do circo e música eletroacústica. Divide o seu trabalho
pelas áreas da encenação, interpretação e pedagogia. Colabora regularmente como
formador e encenador nas escolas artísticas em Portugal e no estrangeiro.
Luís Sousa Ferreiraé
diretor do 23 Milhas, projeto cultural do Município de Ílhavo, consultor
artístico e de comunicação da Braga’27 – Candidatura à Capital Europeia da
Cultura 2027. É docente na ESAD das Caldas da Rainha. É diretor artístico do
projeto Aldear, na região do Tâmega e Sousa e fundador e diretor artístico do
BONS SONS, festival comunitário de música portuguesa, em Cem Soldos – Tomar.
Alexandra Saraiva Fonsecaé
advogada. Fundadora da ConsulArte, presta serviços de assessoria legal e fiscal
especializada para o setor cultural e criativo.
Jordi Duran i Roldósé
docente da licenciatura em Artes Performativas na ERAM (Universidade de Girona)
e diretor do Festival Z. Foi diretor artístico da FiraTàrrega (2011-2018) e
codiretor do mestrado em Criação Artística para o Espaço Público da
Universidade de Lleida, em parceria com a FiraTàrrega (2013-2017).
Álvaro Dominguesé
geógrafo e professor na Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto, onde
também é investigador no CEAU - Centro de Estudos de Arquitetura e Urbanismo.
PARA
MAIS INFORMAÇÃO CONTACTAR:
Ana Aires Duro
966 860 679
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