
De 20 de setembro a 8 de novembro, a Solar – Galeria de Arte Cinemática apresenta "Fanfare 2025", a nova obra de Priscila Fernandes inspirada no clássico holandês Fanfare (1958), de Bert Haanstra.
Entre humor e melancolia, o filme retrata uma banda filarmónica dividida por rivalidades absurdas, refletindo sobre polarização política e crise ecológica.
O programa inclui dois momentos de destaque: no Batalha Centro de Cinema, dia 18 de setembro, às 21h15, haverá uma sessão de cinema, seguida de conversa com a artista Priscila Fernandes, o diretor artístico Mário Micaelo e o investigador Andrew Snyder; e no Circular Festival de Artes Performativas, a 20 de setembro, às 18h00, uma conversa performativa entre a artista e músicos da orquestra De Bergklanken, dos Países Baixos.
Fanfare 2025 conta com apoio da Mondriaan Fonds, da Solar – Galeria de Arte Cinemática, Batalha Centro de Cinema e do Circular Festival de Artes Performativas.
EXPOSIÇÕES
Fanfare 2025, Priscila Fernandes
Batalha Centro de Cinema | Porto
18.09 — 29.11.2025
— inauguração e filme: QUI, 18 Set, 21h15
— conversa: QUI, 18 Set, 22h00
Solar – Galeria de Arte Cinemática | Vila do Conde
20.09 — 08.11.2025
— inauguração + conversa performativa : SÁB, 20 Set, 17h00 - 18h00
SESSÃO DE CINEMA
Batalha Centro de Cinema (Sala 2) | Porto
— QUI, 18 Set, 21h15
CONVERSA
Batalha Centro de Cinema (Bar) | Porto
— QUI, 18 Set, 22h00
CONVERSA PERFORMATIVA
Circular Festival de Artes Performativas (Solar – Galeria de Arte Cinemática) | Vila do Conde
— SÁB, 20 Set, 18h00
SOBRE
Inspirada no icónico filme "Fanfare" (1958), de Bert Haanstra, a nova obra em vídeo de Priscila Fernandes transpõe o enredo e a linguagem cinematográfica da produção original para um contexto atual. Se no filme de Haanstra, a Holanda do pós-guerra surgia como um retrato idealizado de comunidade e tradição, em "Fanfare 2025" essa paisagem encontra-se face a face com as ansiedades e transformações contemporâneas.
A fictícia vila de Lagerwiede — símbolo de uma Holanda idílica, com canais, pastos e pontes pitorescas — mantém o seu encanto intocado. Contudo, novos elementos se insinuam: entregas ao domicílio feitas por barco, turistas em pranchas de stand-up paddle a caminho do pôr-do-sol, e um diálogo entre passado e presente que se revela tanto nostálgico quanto crítico.
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Priscila Fernandes (1981, Portugal) é uma artista visual e educadora radicada na Holanda, onde codirige o Departamento de Belas Artes BEAR (Base for Experiment Art and Research) na ArtEZ, Arnhem. O seu trabalho — que abrange instalações, pintura, fotografia e livros — parte de uma investigação contínua sobre educação, brincadeira e a relação entre trabalho e lazer, explorando de forma especulativa questões ligadas à liberdade e à precariedade laboral.
Formada em Pintura pela National College of Art & Design, Dublin, e mestre em Belas Artes pelo Piet Zwart Institute, Roterdão, realizou residências na Künstlerhaus Bethanien (Berlim), IASPIS (Estocolmo) e Irish Museum of Modern Art (Dublin). Expôs amplamente em instituições e eventos internacionais, incluindo a Bienal de São Paulo, Fundação Joan Miró, Museu Reina Sofia e Museu Serralves. Recebeu o Prémio Brutus (2018) e o Prémio EDP Novos Artistas (2011).