
A Companhia do Chapitô apresenta uma criação colectiva, em cena de 3 de Março a 24 de Abril no Chapitô: “Antígona 3 por 3,5”.
Que
raio de sol atravessa Tebas
Esperem
pela sombra
O
destino final dos descendentes de Édipo
Antígona
3 por três e meio
Quanto
sangue cabe num quadrado
Esta nova criação
colectiva da Companhia do Chapitô, a 38ª do seu repertório, continua a explorar
o estilo de comédia visual e física que convida à imaginação do público.
Transformar a tragédia em
comédia, valorizando-a pelo seu poder de questionar todos os aspectos da
realidade física e social, tem sido uma das premissas desta Companhia.
Eis a narrativa: após a morte de Édipo, a regência de
Tebas foi dividida entre os seus dois filhos, Etéocles e Polinices, que
acordaram alternar o poder por períodos iguais. No final do primeiro período,
Polinices vem tomar o seu lugar e é impedido por Etéocles. Junta-se ao rei de
Argos iniciando uma guerra com o seu irmão, da qual resulta a morte de ambos.
Creonte, tio dos dois irmãos, sobe ao poder e decreta
que Etéocles deverá ser sepultado com todas as honras religiosas, e a
Polinices, encarado como traidor, é-lhe negado o direito à sepultura.
Inconformada com esta situação a sua irmã Antígona,
contrariando o decreto de Creonte, inicia os rituais fúnebres a Polinices,
sendo apanhada pelo mesmo e condenada a ser emparedada viva.
Nesta tragédia de Sófocles, o desenlace é assim mesmo,
trágico. Morrem quase todos os intervenientes diretos desta história, com
exceção de Creonte, que fica até ao final da sua vida a expiar os seus erros.
Destruir, transformar e reciclar tragédias tem sido
uma das práticas da Companhia do Chapitô. Encontrar um olhar diferente sobre os
textos, recriando-os e contando as histórias de uma forma clara e original. O
trabalho do ator é sempre privilegiado, o ator transforma-se em som, ambiente,
cenário. Três atores são toda uma nação, um reino.
“Seguindo
esta linha de trabalho habitual, iniciámos este trabalho com o texto da
Antígona, refletindo sobre as questões centrais da obra, qual a fronteira entre
a lei escrita e a lei moral, tirania, a religião, laços familiares, amor e
altruísmo levado ao seu expoente máximo.
Decretos fúnebres como o que Creonte determinou, e as
suas consequências, já não são praticados na nossa civilização dita ocidental,
pelo que urgia encontrar um paralelismo contemporâneo onde essa prática fosse
mais compreensível.”
No sentido de melhor se compreender, à luz dos nossos
dias, a tragédia dos descendentes de Édipo, a Companhia do Chapitô vai
transportar a trama de Sófocles para os tempos actuais numa encenação que
promete, uma vez mais, surpreender.
“Antígona 3 por 3,5” estará em cena de 3 de Março a 24 de Abril no Chapitô, de quinta a sábado
às 20h30 e domingo às 17h00.

Ficha Artística e Técnica:
Criação Colectiva da Companhia do Chapitô
Encenação - José C. Garcia e Cláudia Nóvoa
Interpretação - Pedro Diogo, Susana Nunes e Tiago Viegas
Direcção de Produção - Tânia Melo Rodrigues
Figurinos - Glória Mendes
Ambiente Sonoro - A Cadeira d’Avó
Desenho de Luz - José C. Garcia e Bruno Boaro
Cartaz - Sílvio Rosado
Motion Picture – Sofia Serrazina
Bilhetes - 12€
- À venda em ticketline.pt. Reservas e Info ligue 18 20 (24h).
- Pagamento MBWay 00351
965745201 ou por transferência: CHAPITO C C R SANTA CATARINA
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Bilheteira aberta das 10h às 16h de segunda a sexta
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