A filmografia de Ana Vaz ativa e questiona o cinema enquanto arte do (in)visível e instrumento transformador da perceção humana, expandindo conexões e devires com outras formas de vida.

Os seus filmes-poemas são marcados pelo desafio experimental das formas poéticas do cinema contemporâneo, ressaltando as contradições do nosso tempo e questionando as práticas destruidoras da modernidade colonial.

"O que aconteceu ainda está porvir" reúne diversos poemas cinematográficos que tecem uma etnografia sci-fi de diferentes capitais europeias enquanto eixos do pensamento colonial. As cidades são vistas como alucinações, revelando aquilo que parece ausente e que contamina o que vemos: o passado colonial e os futuros desastres. Passado e futuro, histórias e presságios entrelaçam-se sob o olhar prismático de autores como Isabel Carvalho, Maïa Tellit Hawad e Olivier Marboeuf.

Comissariado pelo Batalha em parceria com a Solar — Galeria de Arte Cinemática, este segundo e novo episódio da série dedica-se à cidade do Porto e será exibido de forma expandida em ambos os espaços.