
Na Grécia antiga, o belo e o bom eram considerados conceitos
inseparáveis.
A contemplação da beleza era suposto produzir não só
maravilhamento e deleite, como também aproximar o espetador de um
desejo de justiça e um anseio por ideais superiores. Mas ao longo dos
tempos o culto da beleza tem tido também os seus detratores. A beleza,
defendem, é uma mera distração do que realmente importa. Mais do que a
beleza, é a feiura que nos leva a transcender a aparência da matéria e
que abre a nossa mente para a verdadeira e assombrosa perceção do
sublime. Como se tratasse de um choque transcendente, uma criação da
mente em que o terror e o prazer se confundem.
Feitas as contas, damos um ar da nossa graça porque é bela, para os
outros, a nossa desgraça.
Quem o feio ama...
Uma criação de Sónia Baptista, Joana Levi, Josefa Pereira, Gaya
Medeiros, Raquel Melgue, Maayan Sophia Weisstub, Cire Ndiaye, Eduardo
Raon, Mariana Gomes, Daniel Worm e Lara Torres
https://ruadasgaivotas6.pt/events/conversa-pos-espectaculo-wow/