A campanha Aposto Que Não És Capaz, da Betclic, nasceu para recuperar a leveza e irreverência no mundo das apostas — aproximando a marca de um público que já não se revia nas campanhas convencionais do setor.
O objetivo era lançar desafios insólitos aos portugueses e convidá-los a entrar no jogo, literalmente. Mas para o fazer, a campanha precisava de aliados com credibilidade, alcance… e humor.
Depois da concorrência ter ido buscar um peso pesado como a Cristina Ferreira (cujos "sapatos caríssimos" não tinham escapado ao crivo humor da Betclic numa campanha com timing perfeito do Pepe Rapazote), este ano pedia uma cara capaz de atravessar gerações e chegar a um público alvo muito diverso.
Mas a estratégia da Betclic nunca é de convidar pessoas por convidar – queríamos fazer uma criatividade à medida do influenciador escolhido, que não ficasse apenas no digital mas pudesse atravessar vários meios, e torná-lo numa personagem central – e realista – da narrativa.
Entre todos os nomes possíveis, havia um que representava tudo aquilo que a campanha pedia: ousadia, inteligência, humor, e um lugar especial no coração dos portugueses. Alguém que era fortíssimo em televisão no público dos 35-60, mas que teve recentemente um comeback incrível nas redes, conseguindo chegar a um público mais jovem em simultâneo: Herman José.
Um influenciador com estatuto de ícone nacional — e alguém capaz de dar à campanha uma dimensão cultural. 
Mas, por ser a pessoa estratosferica que é, também não queríamos fazer uma criatividade "normal".
Para aumentar a pegada digital da campanha Aposto que não és capaz e o lançamento do filme de marca com o Herman José em TV, decidimos que não queríamos apenas fazer uma declinação direta para o digital e apostámos que conseguíamos criar um anúncio "skippable", em modo "sequela" do anúncio principal, que toda a gente veria até ao fim.
Por isso, decidimos provar que "content is king" e, ignorando todas as boas práticas de fazer com que o anúncio dure pouco tempo, tenha toda a informação relevante nos primeiros cinco segundos e bla bla bla, decidimos simplesmente convidar o Herman para fazer aquilo que faz melhor (e o que mais gosta de fazer): cantar e fazer rir. Por isso, gravámos um loop do Herman José a cantar "ao vivo" em cima de um caixão, durante uns extenuantes 4 minutos e 49 segundos. E a verdade é que a grande maioria das pessoas não só o viu até ao fim, como começou a procurar porque queria ver mais vezes. Sem oferta de códigos, sem promoções, sem nada.
A música "amanhã faço dieta" tornou-se num "hit" dos pre-rolls, e os comentários positivos começaram a chover, mostrando que, afinal, a esperança em bons conteúdos de influenciadores mantém-se viva e de boa saúde – e não é preciso fazer anúncios nem content que deixe os consumidores com cara de enterro.
Afinal, brincar com coisas sérias não foi a morte do artista. Muito pelo contrário, o filme com o Herman José (1 de 8 filmes de campanha) foi responsável por um dos picos de engagement mais altos da campanha:
– O anúncio no Youtube superou todas as expectativas, com mais de 1 M de views e 12 mil almas penadas que decidiram carregar no botão do like;
– Taxas de retenção e partilha acima da média, com centenas de comentários que celebravam o regresso de Herman em grande forma;
– Múltiplas republicações orgânicas em páginas de humor, cultura pop e desporto.
Mais do que isso, uma parceria com um o influenciador certo que estabeleceu definitivamente a marca como entertainer e criadora de conteúdo divertido e arrojado, em mais um formato altamente adaptado ao meio de uma campanha extremamente versátil — elevando a sua perceção cultural e gerando verdadeira ligação emocional com o público.
Aqui, o Herman José não foi apenas o “rosto” de uma marca. Foi um co-autor da piada. Um cúmplice do conceito. E uma prova de que, quando bem escolhido, um influenciador pode tornar-se um meio em si mesmo — com impacto, alcance e autenticidade.
Data de início de veiculação do trabalho
January 2025