A marca Bandida do Pomar procurava uma forma autêntica e relevante de reforçar a sua ligação com as gerações mais jovens — em particular Gen Z e Millennials — conhecidas por valorizarem marcas com propósito, coragem e posicionamento claro sobre temas sociais. 
O desafio era encontrar uma ideia que refletisse os valores de liberdade, irreverência e inclusão que já fazem parte do ADN da marca, mas de forma mais explícita, relevante e impactante.
O mês do Orgulho LGBTQIA+ apresentava-se como uma oportunidade estratégica para a marca se posicionar de forma significativa num contexto cultural importante. 
No entanto, o objetivo não era apenas "marcar presença", mas contribuir verdadeiramente para a conversa, com um gesto simbólico, mas poderoso, que tivesse impacto real tanto na perceção da marca como na sociedade.
A marca queria provocar, desafiar convenções e criar uma peça de comunicação que fosse impossível de ignorar — mas que, acima de tudo, fosse respeitosa, legítima e alinhada com a sua atitude desafiante.
A proposta teria de gerar conversa, gerar visibilidade nacional e, idealmente, gerar também resultados de negócio — sem comprometer a autenticidade.
Era essencial que a ação fosse mais do que uma campanha: que se tornasse um ponto de viragem no posicionamento da marca em Portugal.
Em junho, Bandida do Pomar lançou a Bandid_, a primeira lata de sidra com identidade de género neutra em Portugal. 
A edição limitada alterou o nome da marca na própria lata, apagando a letra final para criar um símbolo visual de inclusão. A nova grafia — Bandid_ — convidava cada pessoa a preencher o espaço em branco com o seu próprio género ou identidade.
Esta simples alteração no packaging transformou-se numa poderosa afirmação de apoio à comunidade LGBTQIA+. Mais do que uma lata, Bandid_ tornou-se uma plataforma de expressão e um veículo de mudança. 
A peça foi lançada durante o mês do Orgulho, com destaque no Lisbon Pride. A estética gráfica manteve a irreverência da marca, mas com um tom mais direto e humano — colocando o foco nas pessoas, nas suas histórias e na liberdade de serem quem são.
A edição especial foi acompanhada por uma campanha multicanal com influenciadores queer, conteúdo editorial e uma estratégia de earned media que amplificou a mensagem em meios de lifestyle e noticiários nacionais.
A peça gerou grande adesão, mas também debate. A sua força estava na simplicidade da execução e no simbolismo que carregava: uma pequena mudança numa lata que dizia muito sobre inclusão, visibilidade e coragem de marca.
A Bandid_ gerou impacto a vários níveis: cultural, mediático e comercial. 
Durante o período da edição limitada, as vendas da marca cresceram 14%, demonstrando que a coragem pode gerar resultados de negócio. 
Digitalmente, a campanha alcançou 5,15 milhões de pessoas, impulsionada por uma onda de partilhas orgânicas, reações emocionais e conversas intensas — tanto de apoio como de oposição.
O envolvimento com a marca aumentou substancialmente, sobretudo entre as gerações mais jovens. 
Dados internos mostram um crescimento expressivo em sentimento positivo e preferência pela marca entre Gen Z e Millennials, consolidando Bandida como uma marca com propósito e atitude.
A cobertura mediática foi ampla, com destaque em noticiários nacionais, imprensa generalista, revistas de lifestyle e plataformas LGBTQIA+.
A controvérsia gerada por comentários mais conservadores apenas amplificou a mensagem e o alcance da campanha, reforçando a sua relevância cultural e social.
Mais do que uma campanha bem-sucedida, Bandid_ estabeleceu um novo standard para a comunicação inclusiva em Portugal. Provou que um gesto simbólico, quando feito com autenticidade e coragem, pode transformar uma marca num agente de mudança.
Data de início de veiculação do trabalho
June 2024