O nosso novo site cimenta o lugar da Büro no mapa do design digital: limpo sem ser aborrecido, irreverente sem ser forçado. 
É um mergulho completo na identidade clean visual e tecnológica punk do estúdio, para lá do design. 
Aplicações de Identidade Digital (código, som, imagem, movimento e interação) funcionam em conjunto para mostrar o nosso trabalho e tom de voz. 
Criamos marcas para o digital, é essa a nossa proposta para o mercado, mas como é sabido poucas marcas permitem que a sua identidade quebre regras e vá um furo acima correndo riscos. 
Este é o nosso espaço, a nossa identidade, as nossas regras. Fizemos exatamente o que defendemos para os outros, mas por nós próprios. 
Com tempo, carinho e uma camada de audio design e música pensada ao detalhe, elevámos a experiência para algo imersivo, ainda que aparentemente low-key que conduz a um suporte final em vinil com as músicas completas. 
Vão precisar de headphones, vamos a isso que isto é Craft puro e duro.
A maioria dos sites ignora o som. O nosso não. Aqui, o som é parte indissociável da experiência. Espalhámo-lo pelas secções para que cada interação componha música. Sem botão de desligar pois faz intencionalmente parte da experiência. Pessoal mais Punk não pede licença, as nossas desculpas para os mais UX-puristas ;).
O site começa com um reel de 40 segundos que mostra os projetos mais recentes, com música electrónica a ditar o ritmo visual. Um hero em destaque na homepage, pensado para convencer quem só tem um minuto.
Visualmente o site é ultra-clean, swiss-inspired, com muito espaço negativo e linhas imperfeitas, serrilhadas, sem anti-aliasing. Um regresso aos tempos do HTML e gráficos crus, que conhecemos bem desde 1995. Essas linhas não são decorativas: segmentam o conteúdo, ativam som e conduzem a narrativa.
Cada secção tem a sua própria gramática sonora:
• Homepage: cordas de violino disparam uma fonte de fotos da equipa. No manifesto, cada linha ativa uma nota do Stabat Mater de Bach, tocadas lentamente para que cada scroll encontre o seu tempo.
• Studios: linhas que emanam da foto reagem ao rato e multiplicam com o som ambiente. Abaixo, novo segmento de Bach para o segundo manifesto.
• Recognition: bolas flutuantes reagem ao hover nos prémios. Teclas de piano soam a cada interação e extinguem-se quando o rato repousa. 
• Work: é, de longe, o header mais complexo em WebGL. Nele, listam-se todos os clientes dos últimos 18 anos, e o utilizador pode interagir com as palavras, fazendo cair os caracteres para um nível inferior. A queda dos glyphs contribui para a composição sonora, numa lógica em que cada gesto molda a música. O resto da secção não tem som, é para ver trabalho, mas ao regressar ao topo, a música reinicia com um segmento diferente, garantindo variedade e imprevisibilidade na experiência.
• 18 years of Büro: a música desacelera, respira. O que foi iniciado com as notas de Bach forma-se numa composição original de Nebel lang com a tónica de mais silêncio que melodia. A mesma linha de sempre desta vez em forma sinusoidal de linha do tempo, novamente craft WebGl.
• Já agora, a página 404 que se transformou num Game. Tem oito composições com um registo mais gaming, servidas aleatoriamente a cada carregamento. Com alguma sorte, pode surgir uma peça que não é só barulho: uma faixa construída apenas com a voz de inconfundível de Chet Baker, para limpar os sentidos.
Trabalhámos com dois músicos na banda sonora: Nebel lang no piano e klsr-av na electrónica. Criaram quatro faixas originais, que serão editadas num vinil especial: Büro18. Lançamento previsto para o verão, na festa dos 18 anos com toda a equipa. Devem ouvir na sua totalidade nos seguintes links para perceber de onde vêm os segmentos, ou ver os respectivos vídeos: 
1. https://burocratik.com/music
2. https://18.burocratik.com/
3. https://www.burocratik.com/game
Foi Site of the Day - Mar 27, 2025 nos Awwwards, e foi candidato a Site of the Month, tendo ficado em segundo lugar.
No fundo, este site é a Büro no seu estado mais puro: arrojada, experimental e sem pedir desculpa. 
Um reflexo do que somos e do que nos faz sentir vivos nesta coisa de fazer design na época AI.
O audio design e a música são indissociáveis desta experiência — não se desligam, nem se pode ignorar o craft envolvido.
Mas, se há algo verdadeiramente impactante, é o facto de uma agência de design poder dedicar tempo, recursos e pensamento crítico a um detalhe que tantas vezes passa despercebido — e que não poderá acontecer a quem avalia a qualidade de uma peça digital num festival como o CCP onde o craft é, e sempre será, a alma do design. Caso contrário a Inteligência Artificial vai abalar ainda mais o nosso status quo.