Criar um nome de marca que encapsulasse não só a identidade do projeto gastronómico, mas também a atitude crua, descomplicada e provocadora do chef e da equipa. O nome precisava de ser memorável, direto ao osso. O projeto nasce da visão do chef Francisco, alguém com uma relação turbulenta com o universo do fine dining. A formalidade, o teatro, os egos — tudo isso criava fricção. Não por incapacidade, mas por convicção. O nome “Má Vontade” surge dessa fricção. É uma resposta irónica ao ambiente em que cresceu, onde a exigência era muitas vezes disfarçada de arrogância e o prazer de cozinhar se perdia no meio da vaidade. Ao mesmo tempo, o nome é quase um inside joke para quem conhece o chef: o seu mood naturalmente resmungão, a falta de paciência para bullshit, e o facto de ser, paradoxalmente, obcecado com o detalhe e com o prazer de servir bem.