No lobby do Bairro Alto Hotel, passeiam-se algumas personagens enigmáticas. Homens e mulheres
que parecem de outro tempo, com um guarda-roupa excêntrico, que mistura elementos futuristas e
medievais.
De repente, uma mulher de 30 anos atravessa o lobby com passo apressado. Vamos ouvindo o seu
monólogo interior, em Off.
JÚLIA (OFF): Vim o mais rápido que pude.
“Houve um desaparecimento” foi tudo o que disseram.
Júlia olha à volta, aparentemente à procura de algo ou alguém, e sobe as escadas, até à mezzanine
do hotel, onde se senta e pede um chá (serviço Tea With Alice).
Enquanto bebe o chá, conversa com o concierge, um homem de 50 anos.
JÚLIA (OFF): Os relatos eram confusos.
No final da conversa, levanta-se e encaminha-se para o quarto. Ainda a assimilar o pedido que lhe foi
feito, Júlia atravessa os corredores e, pelo canto do olho, vê um vulto, que desaparece assim que ela
se vira.
Depois, entra no seu quarto e, ao explorar o interior (onde aproveitamos para mostrar algumas
features dos quartos, incluindo a vista), vê um caleidoscópio na mesa de cabeceira.
Ela espreita e vê imagens do passado de Lisboa, uma cidade viva, boémia e alegre.
Júlia suspira, e prepara um banho.
JÚLIA (OFF): As perguntas não devolviam grandes pistas.
Onde começo? O que procuro?
Ao tomar um banho quente, recorda o negócio que os pais tinham na Baixa, uma pastelaria pequena
e charmosa, que tiveram de abandonar (é a pastelaria do hotel). Lembra-se, ainda, de quando
saíram de Lisboa, do que sentiu quando olhou pela última vez para a sua antiga casa.
Quando volta a si, sai do banho e vê uma mensagem escrita no espelho embaciado pelo vapor:
LEGENDA: Perdida?
Estranhando a mensagem, veste-se rapidamente e percorre o hotel em busca de explicações.
Num dos corredores, sente novamente o vulto e, ao tentar ver quem é, desequilibra-se e parte o
salto dos sapatos.
JÚLIA (OFF): Questionei muitas vezes a direção que tomei.
Quando levanta a cabeça, tem à sua frente várias figuras emblemáticas da cidade – lavadeiras,
engraxadores, sapateiros – a desempenhar as suas funções calmamente. Pelas roupas antigas e
apatia em relação à presença de Júlia, percebemos que essas pessoas não são reais.
Uma das figuras aproxima-se – um engraxador – devolve-lhe o sapato com o salto consertado e
deixa-lhe um papel com uma mensagem:
LEGENDA: Está perto.
Júlia lê o papel, e quando olha novamente para cima, onde estaria a figura do engraxador, vê que
está novamente sozinha. O corredor onde estavam estas figuras está vazio.
JÚLIA (OFF): Cheguei até a duvidar da minha intuição.
Júlia levanta-se, ainda abalada, e continua a sua aventura.
A caminho, repara nos quadros que estão expostos na parede. Um deles tem mais uma mensagem
para Júlia:
LEGENDA: Enquanto houver memória, há presença.
Pensativa, olha pelo corredor, quando começa a ouvir uma música distante. Segue a música, e vai
parar ao piso do restaurante.
Repara nas frases inscritas na parede dourada da receção.
Lê com atenção as frases que lá estão, muitas que mencionam o que procura.
JÚLIA (OFF): Mas comecei a sentir que me estava a aproximar de uma resposta.
Continua a aproximar-se da música que ouve, que a encaminha para a janela.
Júlia olha pela janela, e vê o Rio Tejo. Pensativa, vai para a varanda.
Observa o
No lobby do Bairro Alto Hotel, passeiam-se algumas personagens enigmáticas. Homens e mulheres
que parecem de outro tempo, com um guarda-roupa excêntrico, que mistura elementos futuristas e
medievais.
De repente, uma mulher de 30 anos atravessa o lobby com passo apressado. Vamos ouvindo o seu
monólogo interior, em Off.
JÚLIA (OFF): Vim o mais rápido que pude.
“Houve um desaparecimento” foi tudo o que disseram.
Júlia olha à volta, aparentemente à procura de algo ou alguém, e sobe as escadas, até à mezzanine
do hotel, onde se senta e pede um chá (serviço Tea With Alice).
Enquanto bebe o chá, conversa com o concierge, um homem de 50 anos.
JÚLIA (OFF): Os relatos eram confusos.
No final da conversa, levanta-se e encaminha-se para o quarto. Ainda a assimilar o pedido que lhe foi
feito, Júlia atravessa os corredores e, pelo canto do olho, vê um vulto, que desaparece assim que ela
se vira.
Depois, entra no seu quarto e, ao explorar o interior (onde aproveitamos para mostrar algumas
features dos quartos, incluindo a vista), vê um caleidoscópio na mesa de cabeceira.
Ela espreita e vê imagens do passado de Lisboa, uma cidade viva, boémia e alegre.
Júlia suspira, e prepara um banho.
JÚLIA (OFF): As perguntas não devolviam grandes pistas.
Onde começo? O que procuro?
Ao tomar um banho quente, recorda o negócio que os pais tinham na Baixa, uma pastelaria pequena
e charmosa, que tiveram de abandonar (é a pastelaria do hotel). Lembra-se, ainda, de quando
saíram de Lisboa, do que sentiu quando olhou pela última vez para a sua antiga casa.
Quando volta a si, sai do banho e vê uma mensagem escrita no espelho embaciado pelo vapor:
LEGENDA: Perdida?
Estranhando a mensagem, veste-se rapidamente e percorre o hotel em busca de explicações.
Num dos corredores, sente novamente o vulto e, ao tentar ver quem é, desequilibra-se e parte o
salto dos sapatos.
JÚLIA (OFF): Questionei muitas vezes a direção que tomei.
Quando levanta a cabeça, tem à sua frente várias figuras emblemáticas da cidade – lavadeiras,
engraxadores, sapateiros – a desempenhar as suas funções calmamente. Pelas roupas antigas e
apatia em relação à presença de Júlia, percebemos que essas pessoas não são reais.
Uma das figuras aproxima-se – um engraxador – devolve-lhe o sapato com o salto consertado e
deixa-lhe um papel com uma mensagem:
LEGENDA: Está perto.
Júlia lê o papel, e quando olha novamente para cima, onde estaria a figura do engraxador, vê que
está novamente sozinha. O corredor onde estavam estas figuras está vazio.
JÚLIA (OFF): Cheguei até a duvidar da minha intuição.
Júlia levanta-se, ainda abalada, e continua a sua aventura.
A caminho, repara nos quadros que estão expostos na parede. Um deles tem mais uma mensagem
para Júlia:
LEGENDA: Enquanto houver memória, há presença.
Pensativa, olha pelo corredor, quando começa a ouvir uma música distante. Segue a música, e vai
parar ao piso do restaurante.
Repara nas frases inscritas na parede dourada da receção.
Lê com atenção as frases que lá estão, muitas que mencionam o que procura.
JÚLIA (OFF): Mas comecei a sentir que me estava a aproximar de uma resposta.
Continua a aproximar-se da música que ouve, que a encaminha para a janela.
Júlia olha pela janela, e vê o Rio Tejo. Pensativa, vai para a varanda.
Observa o
No lobby do Bairro Alto Hotel, passeiam-se algumas personagens enigmáticas. Homens e mulheres
que parecem de outro tempo, com um guarda-roupa excêntrico, que mistura elementos futuristas e
medievais.
De repente, uma mulher de 30 anos atravessa o lobby com passo apressado. Vamos ouvindo o seu
monólogo interior, em Off.
JÚLIA (OFF): Vim o mais rápido que pude.
“Houve um desaparecimento” foi tudo o que disseram.
Júlia olha à volta, aparentemente à procura de algo ou alguém, e sobe as escadas, até à mezzanine
do hotel, onde se senta e pede um chá (serviço Tea With Alice).
Enquanto bebe o chá, conversa com o concierge, um homem de 50 anos.
JÚLIA (OFF): Os relatos eram confusos.
No final da conversa, levanta-se e encaminha-se para o quarto. Ainda a assimilar o pedido que lhe foi
feito, Júlia atravessa os corredores e, pelo canto do olho, vê um vulto, que desaparece assim que ela
se vira.
Depois, entra no seu quarto e, ao explorar o interior (onde aproveitamos para mostrar algumas
features dos quartos, incluindo a vista), vê um caleidoscópio na mesa de cabeceira.
Ela espreita e vê imagens do passado de Lisboa, uma cidade viva, boémia e alegre.
Júlia suspira, e prepara um banho.
JÚLIA (OFF): As perguntas não devolviam grandes pistas.
Onde começo? O que procuro?
Ao tomar um banho quente, recorda o negócio que os pais tinham na Baixa, uma pastelaria pequena
e charmosa, que tiveram de abandonar (é a pastelaria do hotel). Lembra-se, ainda, de quando
saíram de Lisboa, do que sentiu quando olhou pela última vez para a sua antiga casa.
Quando volta a si, sai do banho e vê uma mensagem escrita no espelho embaciado pelo vapor:
LEGENDA: Perdida?
Estranhando a mensagem, veste-se rapidamente e percorre o hotel em busca de explicações.
Num dos corredores, sente novamente o vulto e, ao tentar ver quem é, desequilibra-se e parte o
salto dos sapatos.
JÚLIA (OFF): Questionei muitas vezes a direção que tomei.
Quando levanta a cabeça, tem à sua frente várias figuras emblemáticas da cidade – lavadeiras,
engraxadores, sapateiros – a desempenhar as suas funções calmamente. Pelas roupas antigas e
apatia em relação à presença de Júlia, percebemos que essas pessoas não são reais.
Uma das figuras aproxima-se – um engraxador – devolve-lhe o sapato com o salto consertado e
deixa-lhe um papel com uma mensagem:
LEGENDA: Está perto.
Júlia lê o papel, e quando olha novamente para cima, onde estaria a figura do engraxador, vê que
está novamente sozinha. O corredor onde estavam estas figuras está vazio.
JÚLIA (OFF): Cheguei até a duvidar da minha intuição.
Júlia levanta-se, ainda abalada, e continua a sua aventura.
A caminho, repara nos quadros que estão expostos na parede. Um deles tem mais uma mensagem
para Júlia:
LEGENDA: Enquanto houver memória, há presença.
Pensativa, olha pelo corredor, quando começa a ouvir uma música distante. Segue a música, e vai
parar ao piso do restaurante.
Repara nas frases inscritas na parede dourada da receção.
Lê com atenção as frases que lá estão, muitas que mencionam o que procura.
JÚLIA (OFF): Mas comecei a sentir que me estava a aproximar de uma resposta.
Continua a aproximar-se da música que ouve, que a encaminha para a janela.
Júlia olha pela janela, e vê o Rio Tejo. Pensativa, vai para a varanda.
Observa o
Data de início de veiculação do trabalho
January 2025