Criámos uma narrativa tendo sempre duas layers muito presentes: a da acção principal (que desperta interesse a todos e aos mais pequenos em particular) e a das referências/easter eggs, para que os graúdos tivessem pontos adicionais de identificação num tipo de peça que geralmente é destinada a encantar os mais novos. A primeira cena apresenta-nos três personagens: um cão ao jeito de Bluey, para os mais novos, uma princesa guerreira para os menos novos e um guerreiro cujo design remete para o He-man dos anos 80, numa primeira referência para os mais graúdos. Dirigem-se então para uma nave que pousou num deserto, que simboliza a ausência de diversão e brincadeira antes da aventura. É para esta nave que os três personagens se dirigem e conhecem a nossa heroína e se tornam seus adjuvantes. Juntos na nave, partem em exploração do universo dos brinquedos. De notar que este planeta tem dois sóis, uma pequena referência a Tatooine do universo Star Wars dirigida aos adultos. Na sua viagem pelo espaço os nossos protagonistas são confrontados com uma chuva e meteoritos de Scrabble, o que os obriga a aterrar no primeiro planeta. Entre cubos, estrelas e tubos que nos remetem para video jogos, nomeadamente de plataformas como por exemplo o Super Mario, os nossos heróis aterram atabalhoadamente e rapidamente avançam para o próximo mundo. O mundo seguinte coloca-nos num patamar mais físico, com um ambiente povoado por bonecos e estruturas semelhantes a Playmobil, enquanto que ao centro temos um anfitrião de um jogo de tabuleiro de inspiração no Monopólio e que guia a dança e coreofgrafia dos nossos heróis para o momento seguinte. Com um movimento rápido passamos para um mundo com uma Torre Jenga e com a qual os nossos heróis colidem, provocando a sua fuga rápida num jipe. Ao passar por um grande portão e interagindo com um dinossauro apresentamos simultaneamente um novo tipo de brinquedo e aludimos, novamente para os mais velhos, à cena icónica da perseguição do jipe pelo T-Rex de "Jurassic Park". A transição final dá-se quando o jipe cruza a barreira da imaginação para o real e os nossos heróis se transformam também eles em bonecos, num jipe telecomandado por que se vem a perceber ser o pai da criança, que persegue o jipe com o T-Rex em punho. Brincam os dois alegremente, afastando-se a câmara para contemplar o momento e permitir a entrada do logo da marca.